"Para existir grandes escritores, devem existir grandes espectadores também."

quinta-feira, maio 6

A última vez


Não é segredo, você sabe que esse meu gostar já foi tão forte, a ponto de dor. Incrível era como você me doía ás vezes, como abalava minha vida. Nunca mais. Essa dor doente, dor de amor. Nunca mais doeu. Vivia em meio de provas de dor, provas de amor. Vivia e morria, todos os dias. Era incrível o quanto me comovia. Como eu queria ainda querer mudar isso, achar a solução como sempre fazia, especular, desfazer. Como eu queria ainda me doer, te doer. Mas não essa dor que se apela, essa dor do fim. A mais aguda, a mais persistente. Podia passar, e voltar outra vez, mas nós sabemos que ela é a única dor que pode nos comover agora. Eu sei, eu também te entendo, o abalar não abala mais, é inútil insistir, eu sei. Essa doe diferente, mais amarga, sem o recomeço pra adoçar. Mas pense assim, é a ultima vez... Como eu queria ainda querer mudar isso, e me doer, e... Te doer. Mas não, não quero mais.

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