"Para existir grandes escritores, devem existir grandes espectadores também."

sexta-feira, outubro 8

Amar


Eu não obrigada a comer teus restos, e como. Me acomodo no que te sobra, jurando que um dia te fará falta. Eu não lhe devo admiração até que saiba da minha existência, e não sabe. Nunca irá saber. E, nunca deixarei de admirar, dói. E no lixo saio procurando, uma saída pra essa dependência, um defeito que seja, algo que eu faria diferente. Mas nunca faria quem é dos restos. Das sobras, daquilo que você nunca nota, e daquilo que eu torço pra um dia notar. Um dia eu canso, em dia sumo, desapareço. Fazendo mal pra quem vive do que me sobra, do que não quero. Rindo de quem depende de mim. Sinto tua vinda, sinto tua falta.

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