"Para existir grandes escritores, devem existir grandes espectadores também."

segunda-feira, novembro 30

Amor


Ao nascer, junto de si, o amor ganhou uma companhia calorosa. Era uma fonte de controle, aonde o fogo se resumia em todas as emoções que o consequencia trazia ao amor. Houve dias em que a chama se resumia em brasas e outros que tamanha ardência quase matava o pequenino amor. Entre altos e baixos, o fogo não conseguia ser porporcinal ao amor, trazendo a ele muitas vezes, o total descontrole. Certa vez, após tempos de paz, o amor desperta assustado sentindo as chamas arderem como nunca e consequentemente, tomando conta da situação. Junto ao medo, o amor ficou sem saída e então avistava o seu término. Com medo de morrer antes do previsto, o amor que agora estava crescendo usou a pirraça que adquiriu em diversas situações para chamar a atenção do ódio e então, ser salvo. Infelizmente o ódio estava com raiva demais para perceber qualquer sofrimento de outro ser. Então, o amor gritou a felicidade que viesse salva-lo, mas ela estava rindo da sua alegria alto demais para escutar qualquer apelo. Entrou em desespero e chamou a tristeza para acudi-lo, mas ela estava tão perdida dentro de si mesma que não foi capaz de perceber o desespero dentro de mais ninguém. Já sem forças pra gritar, o amor desistiu de cogitar a esperança, porque ela só viria com a persistencia e ele sabia que não duraria muitos minutos naquela situação. Quando cessou seus gritos, o amor fechou os olhos aceitando as consequencias e assumindo seus erros; com isso, acabou suportando mais do que havia previsto e só abriu os olhos novamente quando sentiu uma mão toca-lo. Essa mão que veio a acudi-lo, pertencia ao grande tempo, e depois de salvo e com a consciencia recuperada, a vítima se deu por entendida que só o tempo pode salvar um grande amor.

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