"Para existir grandes escritores, devem existir grandes espectadores também."

segunda-feira, janeiro 4

Não é você que eu amo



É apenas amor, não amor por você. É amor pela capacidade, pela situação. É amor pela falta da presença, do costume ou indiferença. É essa saudade do que só me faz feliz quando acaba. Esse ciclo ineterrupto, esse caminho percorrido em vão. A controversa da falta do que amar. Não é você quem eu amo. Amo apenas poder amar, poder lembrar qualquer coisa ou tudo de uma vez, qualquer um que estivesse em seu lugar. A mesma cena com novos atores, eu apenas amo a idéia, a intenção. Amo aquele tormento, aquela peça quebrada que compromete o motor. Amo rir do que se chama amor! Amo saber que seus defeitos são evidentes e sua falhas são piadas. Amo saber que não te amo em nada! Amo ter a certeza de que pude amar tanto, mesmo quando não sabia que amava. Amo poder amar sempre alguém de novo, amo amar a novidade. Amo a evolução, a necessidade. Amo me dar sempre a oportunidade de ser amada por alguem sempre diferente. Amo tanta essa diversidade. Compromissos, promessas e amor! É tão lindo quando se desfaz a fraqueza dos seres imperfeitos. Me sinto até mais amável e digna de mais amor.

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