"Para existir grandes escritores, devem existir grandes espectadores também."

quinta-feira, julho 22

Only


Não foi o único, mas era o primeiro e último, pra todo o sempre, mesmo sendo infantil demais usar esse termo, eterno. Mas compensava acreditar na felicidade interrupta, na tristeza inexistente, no dia-a-dia sem rotina, no amor sem briga, sem dor. Era puro e inadiável o que ele me fazia querer. Sem luxo, vaidade ou medo. Foi ele, quem conheceu o meu indisvendável, meu impossível e desconhecido verdadeiro eu. A alma, a rosto sem maquiagem, o corpo sem roupa. E era dele, era dominado-patenteado, merecido por ter desvendado, descoberto, aberto e repleto do que eu costumava esconder. Nunca mais pareceu difícil pensar no futuro, nos nomes dos cachorros e filhos, na profissão, no lado da cama em qual deitar. O amor é um tipo de desvendar, descobrir e aceitar, um conhecer sem medo e sem vergonha. Simples, fácil e puro, tão natural como dormir arrumado e acordar despenteado... Necessário, como dormir e acordar.

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